faz alguns poucos anos..
meu pai e sua esposa...
dois apaixonados...
daqueles que depois de seus primeiros casamentos encontram finalmente a paixao de uma vida..
ele num restaurante em ipanema...
estava sem carro...
ela...em casa..no leblon...
tinham marcado de ir ao cinema...
na casa de cultura laura alvim,na avenida vieira souto..pertinho do restaurante..
ela pega o carro e vai pega-lo...
ele entra...
partem...comentam sobre o filme ...
ela estaciona o carro naquele espaco que divide as duas pistas..
o telefone dele cai de baixo do banco...
ele coloca a cabeca entre as pernas e a mao sai a cata do aparelho..
ela sai do carro...bolsa no ombro..da a volta por tras...
vai abrir a porta pra ele...
ao colocar a mao na macaneta...
um puxao...
uma bicicleta passa veloz..ela nao percebe..
um puxao na bolsa..violento..
a bolsa fica presa ao corpo...
o corpo jogado...
para a pista na hora do rush..
foi atropelada...
o asfalto vermelho...
meu pai ainda procurava o telefone...
nada viu...
1 segundo...
corre..
ve a cena..sente...ela nos seus bracos..no meio da rua..
a vida se esvaindo..
e levada ao hospital..
morre poucas horas depois...
assim...indo ao cinema...
ele chora..muito raro... ele chora...
FIM
sábado, 31 de janeiro de 2009
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8 comentários:
É.... (comentar o que?)
Eu passei a frequentar o blog essa semana.Nunca tinha postado um comentario.Tocante.
Não é só no Rio, violência há pra tudo quanto é canto.
Haja chumbo, corda, injeção ou cadeira elétrica pra acabar com essa corja, não dá mais, alguém precisa fazer alguma coisa.
Ray, meus pêsames.
:-(
vc escreve de forma cortante.tragico.mais lindo.
"ele chora..muito raro... ele chora"
FIM
P.A
É o Rio está complicado ... faz 3 anos que me mudei pra uma cidadezinha do interior de minas, a trabalho, mas nunca me esqueci do meu último dia no Rio ... Fui comprar uns livros no Rio Sul e resolvi voltar a pé pelo túnel, pois morava em copacabana, para quê, eram três da tarde, quando olho para frente vejo aquele monte de pivete na minha frente, já era estava no meio do túnel não tinha volta, passei por eles, e nada, relaxei, quando me dei conta dois segurarm meus braços e um subiu nas minhas costas tentando arrancar meu cordão, só deu tempo de girar e jogar um no meio da pista e sair correndo, por sorte o puto não foi atropelado, quando cheguei do outro lado, com adrenalida a mil, vi que não perdi nada, pensei, e tivessem armado podia ter perdido a vida ... relaxei era meu último dia ali ...
se fosse só os fluminenses que sofresse esse tipo violência, o problema estava fácil de resolver, mas a violência migrou para toda parte.
caro RAY.eu te conheco la do insidernews.ja te admirava.acabei de ver tuas mensagens no insider.meu,voce e um artista.li o caso da laura e do romeu,e esse caso.estarei sempre aqui.triste.
eh amigo.grande mulher.saudade.
beijo no velho.
Cesar
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